terça-feira, 24 de março de 2015

Sentada entre folhas rasgadas procuro aquele verso que você guardou para mim. Entre soluços escuto sua última gargalhada e sei que nunca foi mulher. Suas vestes são escuras em contraste com sua pele cinza. Seus olhos mortos tentam esconder seu passado e fingem confiança no que nunca será. Seguro as folhas úmidas entre minhas mão trêmulas enquanto escrevo um último recado com o pedaço de carvão. Sei que se pudesse compreender já não precisaria ler.