Girar a manivela, deitar sobre o cobertor, barriga no chão, pernas no ar, mão sob o queixo. Olhar atento. Flutuam pequenos poemas, rolam vidas inteiras. Não esquenta, frio lá fora, lareira aqui dentro. Lareira aqui fora, frio lá dentro.
Espaço para novas coisas velhas, velhas coisas novas, coisas novas, velhas e de meia idade.
domingo, 13 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Ser curta, é o que aprendi ao longo dos anos. Somos todos muito longos, mas nos resumimos em estrofes, linhas, parágrafos. Nos explicamos sem necessidade de lembrar de ter foco. Nos prolongamos, nos alongamos, nos deslocamos. E ver de um ponto novo é sempre importante. Descer bem fundo para poder quase entender o que há lá. Depois de várias descidas consecutivas, de surpreender-se com quanto as coisas podiam piorar, podemos voltar lentamente. Nos desentendemos na mesma língua, roubamos frases do desconhecido. Desconheço-me para reencontrar em outras partes. Reconheço-te e é assustador respirar. Não há problema que aquela xícara de porcelana tenha caído no chão e partido em tantos pedaços. Chorar sobre seus farelos não vai fazer grudar. Não se recupera por completo, então criemos um novo começo, façamos um novo fim. Mas também o fim pode ser mais um novo começo.
sábado, 5 de março de 2011
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