quarta-feira, 28 de março de 2012

Memória inútil

O que mais eu deveria ter dito, do que foi que eu esqueci? Todas dispostas uma bem ao lado da outra, não importa, o tempo passa sempre em pequenas porções e umas lembram as outras. Hoje descobri um velho sentimento ainda guardado, o ar entrou gelado pelas narinas como outrora. Somos tão estúpidos, e ainda assim criamos grandes teorias. Somos tão teóricos, e ainda assim acreditamos viver demais. Deita sobre as cobertas e pede para que o tempo passe logo. Somente quando virar passado é que saberemos o futuro.

terça-feira, 13 de março de 2012

Fazer é tão fácil quanto só fazer pode ser, o difícil é depois decidir o que fazer com o que foi feito!

terça-feira, 6 de março de 2012

Hoje acordei meio assim ou não, meio para lá, meio para cá. Fui dormir querendo acordar e acordei querendo dormir. Fiz tudo meio invertido. Quero todas as coisas ao mesmo tempo e quando menos espero já estou desejando algo novo. Quando menos espero já nem sei se ainda quero. 

Vesti uma saia rodada e saí passeando despreocupada. Vesti várias peles uma por cima da outra e fui correndo contra o vento e descascando lenta. Tantas misturas e somos tão sozinhos. Tantas oportunidades e queremos sempre uma outra. Tantos dias e anoitecemos sem aviso. Repentinamente nos achamos tão sem uso, e logo temos necessidade de ser novamente. Então fazemos tudo compulsivamente até perceber de novo o quanto sou inútil.

Acorda! Berrava a voz do outro lado da porta, e quando dei por mim, já era outra.