segunda-feira, 12 de julho de 2010

Em uma janela, entre tantas outras, vi Alice passar. Parede branca, universo preto. Alice, renda branca. Inclina para frente, braços para trás, busca o equilíbrio. Ponte, adivinho. Ponte, trapiche, trampolim para o infinito. Alice, copo, mesa redonda. Toalha, renda em trapos. Não me rendo, mesa em trapos. Mesmo e trapos, não me rendo. Me rendo inteira, remendo, mulher em trapos. Trago. Trago o copo, trago a vida. Embriagada, cuspo o último gole. Custo a entender. Deito na cadeira, de volta ao bar. Dou voltas no bar, o bar da voltas em mim. Giro, quem gira? Quem diria!

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