quinta-feira, 18 de julho de 2019

O fim

Um vazio pode tomar conta de qualquer um logo após o fim. A luta parece programada até certos momentos, depois disso só a vivência poderá nos mostrar as possibilidades. Tem dias durante os quais parece nem haver possibilidades. Você está sentado em um barco no meio do oceano e o vento para. Não há uma brisa que sopre em seus cabelos. Parece não haver ar sequer para respirar. O que fazemos?

Parece que a partir de um determinado ponto só é  possível seguir em frente. Então, mesmo no escuro, vamos colocando um pé a frente do outro. Lentamente, seguimos na expectativa de evitar todos os buracos. Os olhos arregalados veem muito pouco, a noite é de lua minguante. 

Há essa ideia de que a luz da lua é uma ilusão, porque na realidade reflete a do sol. Precisamos então contar com a intuição. A quantidade de luz natural que temos à disposição é sempre variável. Sugiro então que contemos com essa crença em nós mesmos, uma vez que somos a única constante em nossas vidas. 

Vejo, com frequência, as pessoas ignorarem os benefícios que recebem. A vida é mais dura sem perceber as mãos estendidas. Durante a noite esses apoios são ainda mais importantes, talvez, alguém veja melhor do que nós. Um passo após o outro. Assim seguimos, mesmo no vazio, mesmo durante a noite, mesmo nos dias em que não venta. A fé em nós, assim prosseguimos mesmo quando encontramos alguns buracos, damos a volta, passamos por dentro, caímos e levantamos. A confiança nos outros, de que há muitas pessoas dispostas no mundo, de que há quem queira ajudar, assim as dores do caminho são menores. Sempre haverá quem o entenda, espero. 

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