segunda-feira, 30 de maio de 2011

Caboclos Voadores

Pipanoar por aí sem temer a pista de pouso, ganhar o ar sem temer as grandes ondas que estão por vir. Acreditar sem medo de dizer que foi ilusão. Encontrar os Índios protetores em sonhos de batalhas. Subir escadas pronta para o ataque e fechar os olhos enquanto o outro nos defende. Somos tão estranhas a nós mesmas, somos tão amigas e nos driblamos para ver quem domina. E cada domínio dura um certo tempo, até que seja hora de outra. Então nossas batalhas são frequentemente internas, e não menos inteiras. Somos tão fortes que a queda de braço leva dias, ou meses. Essa fraqueza que se espalha pelo corpo é decorrente da alma arrepiada por tantas caras na lama. Sim, os dias nascem e dormem consecutivamente, e nós tendemos a segui-los, renascendo e ressurgindo, cada dia com seu ideal. De repente cansamos de esperar e agimos de uma forma ou outra, logo após cansamos de agir sem obter respostas e paramos novamente. Rubras faces deitam com o frio de maio, esquentamos de dentro para fora. Até que de tão cheios venha a explosão e espalhados em mil pedaços possamos nos sentir completamente renovados e prontos para a próxima jornada.

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