terça-feira, 19 de julho de 2011

Olá quem vem de lá

Nos últimos dias, ou nesse último mês passei pouquíssimo tempo sozinha, e estou muito feliz com as companhias que tenho, mas agora, exatamente agora, percebi como faz falta alguns minutos totalmente só. Não aquilo que me faz sentir inteiramente só no mundo, mas aquele intervalo de tempo em que fico só comigo ou "comigos" mesmas, e posso conversar com as várias que sou, sem grandes interrupções, e com a tranquila ideia de que "alguéns" esperam por nós. Sem urgência, sem pavor, sem traições. Posso sentar por um instante e lembrar o que queria dizer, descubro que às vezes preciso estar totalmente só. Que por algum tempo preciso estar com toda a atenção voltada para dentro. Mas mesmo assim, nem por um segundo esqueço de vocês. Por mais que eu esqueça, por tudo que eu esqueça, não esqueço de ti.

Lembro que os estágios temporários são importantes para o resultado final. Essa escrita é quase inconsciente, embora frequentemente busque justificativas na racionalidade.

Obrigada por virem, obrigada por lerem. Entrem sem fazer muito barulho para não atrapalhar a concentração, comentem mas não crucifiquem aquilo que ignoram. Comentem no final, mas lembrem que quem fala aqui não é poeta ou literato, mas uma fazedora de imagens que escreve porque sente, e sente tanto que se não dividir sufoca.

Divido mais um pouquinho do todo, e mais um todo do pouquinho que tento captar.

Se chover pedra novamente, esse nosso abrigo estará ainda mais sólido para nos receber outra vez, se houver sol deixe que entre.

2 comentários: