quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Volte amanhã ou hoje ainda, venha todos os dias se possível. Pense no acervo que se conserva ao abrigo do sol ou da fome. Acorde todos os dias, mas não pelo simples fato de ser dia e se quiser deite quando estiver noite. Eu costumava deitar quando estava noite, mas repentinamente eu não soube mais quando o dia deixava a noite e quando a noite deixava o dia. Sem saber então, fui criando novas horas e dizendo a cada um que inventasse a sua também. Quando eu menos esperava fui vendo uma plantinha nascer no vaso de bromélias sem saber que era planta que nascia, nem que suas vizinhas eram proprietárias ou bromélias.

Sem saber que era inquilina ela foi logo descobrindo, assim como eu, que por um certo tempo a noite e o dia conviviam da mesma forma que ela e as bromélias, e nem uma nem outra sabia de quem era a casa. 

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