sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Submarino

As caretas moles e fedidas me olhando de dentro da água preenchem meus ouvidos com seu barulho em queda. Sempre preferi o silêncio para escrever, mas hoje subo as escadas de dois em dois degraus. Compramos um par de toalhas na promoção e você me disse que preferia as perfumadas. Por isso compramos amaciante, do mais caro. Às vezes jogamos pedras no rio e tentamos ver se elas quicam... mas não tenho a habilidade. Assoo o nariz na barra da sua camisa, nem sempre foi tão "auto". Às vezes erramos por querer, tem vezes que telefono no meio da noite, tem vezes que é você. Troco de canal, paro a música, escuto atentamente o avião que passa para certificar-me de que não está em queda.

Sempre vejo duas crianças que vão de mãos dadas para a escola, mas nem sempre vejo quando voltam. Semana passada jogávamos, agora fazemos planilhas. No sábado caminhamos no parque e você fala o nome dos pássaros, encontramos um ovo vazio e deixamos onde estava. Por um tempo passeamos escondidos, depois não passeamos mais, e agora tanto faz. Se não der passeio, filme e pipoca doce.

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