segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sonhos

Sentar novamente e esperar que uma fagulha de essência caia sobre mim. Essa noite sonhei com passados, voltei a um antigo hábito sem prévio aviso ou pedido de permissão, velhas aulas de dança agora em um sonho com lenço de lã no quadril. Uma piscina, um antigo... um antigo o quê? Sonhei com ele, mas acho que o que meu inconsciente mandava era uma ideia de ser, um alguém que pode nem ser ele, talvez seja o mesmo que já me visitou em outros sonhos. Por que volta agora, alma que não se concretiza. Reaparece e reaviva aquela velha sensação de que podemos nos reencontrar, e me faz lembrar de que é você quem eu procuro? Onde está então, na beira daquele mar onde eu espero e você termina seus estudos para poder vir me encontrar. O texto de cujo autor você só lembra o apelido e o primeiro nome, mas é belo de qualquer forma, é um amigo seu. Mostra-me à sua mãe, vamos ao seu quarto um tanto bagunçado e enquanto você arruma a cama eu escovo os dentes, almoçamos juntos e seu pai brinca de roubar knishes do meu prato, reparo que me agarrei ao fato de serem de batata e esqueci da salada. Entramos no jogo, e sirvo mais beterraba do que pretendia, quando vejo meu prato já está cheio e não sei com que garfo servir o alface. Você não fala a respeito e muito menos eu, mas espero que ainda lembre de mim. Você me abraça como quem lembra e quer matar saudades. Eu já acordei mas você ainda passa o dia a meu lado. Essa é a necessidade que temos de ter pelo menos um longo dialogo já que nos encontramos. E vivemos de reencontros breves para que possamos dizer até logo.

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